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Sobre economia fraca e como não perder investimentos em inovação  

Dec 05, 2015 07:14 AM

Erros de estratégia ou vazamento de informação podem ocorrer com empresas de qualquer porte. A boa notícia é que evitá-los não é complicado

por Alejandro Raposo*

Para crescer em um cenário econômico mais fraco, é preciso sair na frente. Com essa certeza em mente, empresas de todos os portes e setores aceleram a corrida pela inovação. Mas, como todo processo de negócios, o movimento vem recheado de riscos - uns de natureza estratégica, outros por descuido com a segurança da informação. De qualquer forma, boa parte deles é evitável.

Em primeiro lugar, para gerar transformações efetivas e sustentáveis, a criatividade não pode ser usada como um tiro de canhão, onde todos os recursos e ideias são apostados em apenas um alvo. Se o disparo for certeiro, o ganho é enorme - mas, se mirarmos um pouco mais para um lado, a perda é igualmente grande. E pode ser definitiva.

Processos de inovação devem ser semeados ao longo do tempo, testando diferentes modelos, públicos e níveis de engajamento. Com o tempo, as melhores ideias vão despontando e, as menos rentáveis, são deixadas de lado. Além disso, não é nada prudente apostar em uma ideia nova negligenciando as atividades antigas que ainda geram recursos para a empresa.

O livro Great By Choice (Vencedoras por opção, pela edição brasileira), assinado pelo guru de gestão Jim Collins, traz um estudo de caso comparando empresas com 10 vezes mais sucesso do que suas concorrentes para entender o que, de fato, as diferencia. Dois mitos que a obra aposentou já nas suas primeiras páginas: são o de que líderes de sucesso são audaciosos e buscam o risco, e que sorte é diferencial.

Na verdade, o autor explica que gestores observam o que funciona e entendem o porquê do resultado positivo com base em análises fundamentadas. Não têm nada de mais audaciosos, visionários ou criativos; são, na verdade, mais disciplinados, empíricos e paranóicos. Sobre o ingrediente mais imprevisível, ficou um ensinamento: todas as companhias analisadas tiveram momentos de sorte. O diferencial estava no que foi feito com ela.

Por exemplo: notícias recentes divulgaram que o computador de uma petrolífera, que trazia pesquisas sobre um projeto de inovação, foi furtado. Não havia backup ou cópia parcial do material, nem qualquer criptografia para proteger os dados - soluções que, se implantadas, levariam a zero o o risco de o dado ser perdido ou exposto a potenciais concorrentes. O crime sequer foi motivado por espionagem industrial: um funcionário, precisando de dinheiro, vendeu a máquina por quase nada. Por cerca de mil reais, outros milhares de reais em P&D foram diretamente para o ralo e os dados ficaram totalmente vulneráveis, acessíveis a qualquer concorrente.

Roubo, ou até mesmo quebra de equipamento, pode acontecer com qualquer empresa, de qualquer porte.

Cuidado com segurança da informação e práticas mínimas de gerenciamento são assunto antigo, mas costumam ser ignorados. Não é questão de “falta de sorte” ou “risco do negócio”, mas de ser analítico e criterioso, como indica Jim Collins. Seja em momentos de crise, seja de crescimento.

 

* Alejandro Raposo é vice-presidente de Vendas da Symantec para América Latina

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